Um aviso logo na entrada da cidade de Bartolomeyevka afirma que é proibida a entrada no local. Mas ao olhar em volta, dá para ver fumo a sair das lareiras das casas, cães nas ruas e habitantes a trabalhar.
O município situa-se na região da Bielorrúsia contaminada pela explosão. Bartolomeyev

Em vilarejos próximos - também contaminados - várias pessoas estão a voltar, atrás de empregos, já que sofrem com a pobreza causada nas repúblicas da ex-União Soviética. "Não se pode escapar da morte. É melhor morrer por causa da radiação, do que devido á fome", afirmou Ivan Muzichenko, 70 anos.
Muzichenko e a sua mulher, Yelena, vivem com uma pensão de cerca de US$ 200. O casal possui uma pequena horta, 10 gansos, uma vaca e um porco, todos mal-nutridos. Muzychenko não se importa com os avisos de que os vegetais e animais estarão provavelmente contaminado
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O presidente Alexander Lukashenko - que pôs os avisos em Bartolomeyevka - tenta encorajar a recolonização da zona proibida. Activistas e médicos afirmam que essa atitude ignora os perigos da radiação e escondem as estatísticas de doenças na região.
Vítimas da tragédia reclamam que o governo é relutante em ligar a radiação a problemas de saúde como doenças relacionadas ao coração, cranco e diabetes. Yakov Kenigsberg, um dos principais especialistas na área médica, afirma que apenas o cranco da tiróide é reconhecido internacionalmente ligada à contaminação por radiação e que ligar outras doenças ao a

Mas Tamara Kurbatova, 40 anos, desempregada e mãe de três crianças discorda. O filho Pavel, que tem apenas 4 anos, recebe uma indemnização por sofrer de um cancro no olho, após esta ter conseguido reconhecer oficialmente que a doença foi causada pelo alto grau de radiação que ela propria sofria.