quarta-feira, 14 de maio de 2008

Cidades de toda a Europa lembram Chernobyl






Homenagens e protestos relacionados aos 20 anos da tragédia de Chernobyl foram realizados em diversas cidades da Europa.
Em Madrid, activistas da Greenpeace fizeram uma exposição com fotografias de vítimas do desastre e deitaram-se na Plaza Mayor, no coração da cidade, enrolados em sacos usados para embalar cadáveres. O gesto tinha a intenção de representar os mortos na explosão do reactor número 4 da usina na Ucrânia em 1986.
Em Paris, membros do Partido Verde francês repetiram o acto, em frente à sede da Electricite de France, a companhia estatal de energia eléctrica do país. Ofereceram ainda à empresa um arranjo de flores tipicamente usado em velórios. A empresa tem diversas usinas nucleares e muitos franceses consideram isso um risco para a população do país.
Segundo uma pesquisa, 95% dos franceses acham que o governo escondeu informações importantes sobre o desastre. Na época, autoridades de diversos países europeus impuseram restrições ao consumo de uma série de produtos que poderiam estar contaminados com radioactividade, enquanto que as autoridades da França ignoraram medidas de segurança neste sentido.
O leste da França e a ilha da Córsega foram fortemente afectados pela nuvem radioactiva vinda da Ucrânia após a explosão. Foram registrados níveis de radiação altíssimos, semelhantes aos encontrados na Polónia e nos países mais próximos da usina.
Na Turquia, manifestantes contra o uso da energia nuclear foram às ruas de Istambul maquilhados, com a aparência de cadáveres e mutantes. Estes carregavam cartazes dizendo "Eu confiei na energia nuclear", mostrando que, por mais lucrativa ou eficiente que uma usina possa ser, há o risco de ela matar a população do país ou criar uma geração de aberrações.
Em Berlim, Alemanha, activistas da Greenpeace montaram uma exposição de cartazes com slogans anti-nucleares no Portal de Brandenburgo, um dos marcos históricos da cidade, onde se desenvolveram os momentos principais da queda do Muro de Berlim em 1989.

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